Escândalos na Austrália geraram investigação do governo.
Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia |
O Cardeal George Pell, da Arquidiocese de Sydney, é a
autoridade máxima da Igreja Católica na Austrália.
Ele deu uma
entrevista nesta terça-feira onde defendeu os padres das acusações de
abuso sexual a crianças.
George acredita que imprensa está fazendo uma “campanha” contra os católicos no país, divulgando fatos “exagerados”.
Empunhando um volumoso dossiê, o religioso quer ter uma oportunidade
de provar que não tentou encobrir casos de pedofilia envolvendo padres
australianos.
“A Igreja Católica se esforça para apurar os casos e considera
importante a investigação da polícia.
Ficará provado que as denúncias
são exageradas.
Há uma campanha persistente da imprensa para atacar a
Igreja nesse caso.
Uma pergunta a ser feita é se é positivo para as
vítimas esse furor da imprensa.
A busca por justiça é um direito de
todos.
Estou pronto para cooperar totalmente.
É uma grande oportunidade
de ajudar as vítimas e desfazer exageros, separando fatos da ficção”,
declarou.
Sua reação veio após a polícia divulgar denúncias de abuso sexual de
menores em uma escola católica em Sydney.
Com isso, a premiê australiana
Julia Gillard anunciar a formação de uma comissão especial para
investigar a pedofilia cometida por religiosos no país.
A principal acusação contra a Igreja Católica em várias partes do
mundo é justamente a falta de punição.
Os líderes abafam os casos e
acabam deixando os abusadores livres da Justiça comum.
Um estudo
nacional encomendado pela Conferência Americana de Bispos Católicos à
Universidade John Jay de Justiça Criminal, nos EUA alguns anos atrás,
mostrou que dos 4.392 padres acusados, apenas 14,1% foram denunciados à
polícia.
O resto das acusações ficou dentro das dioceses, acobertado por
líderes como o cardeal Bernard Law.
As informações são do portal Terra.
Em março de 2010, o Papa Bento XVI divulgou uma carta pastoral
condenando a pedofilia, algo que já era condenada pela doutrina
católica.
No documento, o Papa, mesmo tendo sido acusado de encobrir
vários casos de padres pedófilos no passado, expressou a sua profunda
“vergonha” pelos crimes de pedofilia cometidos pelos clérigos católicos,
“pediu desculpa às vítimas” e disse ainda “que os culpados devem
responder “diante de Deus e dos tribunais””.
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